Desde o menino de rua que jogava pedras nos postes acesos, porque queria ver as estrelas, até o homem que é atraído mais pela curvatura das vírgulas do que pela finalidade dos pontos, este livro é um percurso de amadurecimento de um eu lírico que se recusa a acomodar-se com o que já sabe sobre o mundo ou sobre si mesmo. Feito tanto de versos sujos como nossos pensamentos cotidianos – “que nada me motivasse tanto como bacon / ou chá mate gelado” – até versos matematicamente precisos formando os “cubos para dizer coisas sem nome”, o autor pratica o que clama ser necessário: “Refundemos as linguagens! / Sejamos os movimentos das sílabas / não as cercas de um condomínio privado de palavras.” Um livro de poesias com tanta diversidade estética corre um sério risco de perder o leitor, mas neste livro nada é improviso! O leitor é levado com cuidado e velocidade para uma vertiginosa experimentação de si mesmo, desde a maiúscula do primeiro verso até a vírgula final.
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R$ 60,00Preço
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